MANUEL FIGUEIRA - DESENHAR A RESISTÊNCIA
“Cada geração deve descobrir a sua missão, cumpri-la ou traí-la, em relativa opacidade”
Franz Fanon
Abordar a obra de Manuel Figueira é um gesto de ousadia, o que requer um cuidadoso desvendar e descobrir camadas conceptuais, simbólicas, pictóricas; significados e significantes.
“Desenhar a resistência” propõe um olhar transversal pela produção artística de Manuel Figueira, desde o período de estudante em Lisboa até a sua fase de cronista do Mindelo, um entrelaçando de diversos aspectos da sua produção, sem pendor cronológico.
O trabalho de curadoria e design expositivo assumiu a ocupação da Galeria Luísa Queirós e Galeria Bela Duarte no CNAD, articulando respetivamente dois momentos: A utopia da coletividade ou pequenas resistências; Micronarrativas ou de como da história de um povo se fez arte.
Entre a ousadia, liberdade e as pequenas e grandes revoluções, produção artística Manuel Figueira ensina-nos o quão importante é perceber as condições culturais, linguagens e métodos de ser e fazer das comunidades (pequenas). A tomada de consciência das características que as compõem e as suas especificidades, são primordiais se quisermos abordar as complexas histórias (poéticas, trocas, de imigração e de retorno) que influenciaram e continuam influenciar linguagens artísticas e a construção de identidades.
Curadoria. Paula Nascimento e Ângelo Lopes
Investigação e assistência. Elisangela Monteiro – CNAD
Design Expositivo. Ângelo Lopes e Paula Nascimento
Vídeo. Ângelo Lopes
Som. Universo da Ilha, Vasco Martins, 1986
Tradução. Louisiana Matos Ogunfowora
Fotografia. Ângelo Lopes
Obras gentilmente cedidas. Acervo CNAD, Manuel Figueira e Sérgio Figueira, Ana Cordeiro, Carlos Morbey Duarte Silva
Galerias Luísa Queirós e Bela Duarte, Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, Mindelo – São Vicente, Cabo Verde, 2023/24